Um passo mais perto do Net zero
Emissão de gases, pegadas de carbono direta e indireta, como o Net Zero, é um movimento que pretende unir companhias dos mais variados e o desenvolvimento de tecnologias para o combater as mudanças climáticas.
Em novembro de 2021, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas,ou, COP26 que aconteceu em Glasgow, Escócia mais de 100 países oficializaram o compromisso de descarbonização, representando 88% das emissões globais. Além dos países, quase mil cidades e mais de três mil companhias se comprometeram com a campanha Race to zero da ONU para descarbonização. O Objetivo principal da campanha é atingir Net Zero até 2050, para que seja possível limitar as consequências do aquecimento global.
As duas principais maneiras de reduzir emissões são: reduzir ou eliminar atividades que produzam gases de efeito estufa,ou, capturar os gases já emitidos e armazená-los em câmaras.Essas duas maneiras são ultilizadas também durante o processo de neutralização de carbono, no entanto, enquanto para neutralizar as emissões, somente compensá-las com reflorestamento ou conservação de florestas é suficiente, a premissa do Net Zero é compensar, também, as emissões indireta.
Até o momento que a metodologia criada que melhor explica essa diferença é o Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GHG Protocol) criada pela WRI e pelo World Business Council for Sustainable Development para padronizar a contabilidade de emissões e remoções de gases estufa. De acordo com o Protocolo, a neutralidade das emissões significa compensar emissões pelas quais se é diretamente responsável (escopo 1) e emissões relacionadas a compra de energia (escopo 2), enquanto para Net Zero é necessário que a neutralização do escopo 3, emissões indiretas, como por exemplo bens e serviços adquiridos.
A compensação de emissões diretas e indiretas é recente mas engaja cada vez mais governantes e CEOs, para muitos o problema é a falta de métricas estabelecidas para padronizar os cálculos e relatórios que por consequência serão mais confiáveis e uniformes. No entanto, ao estabelecer metas de redução que se espalhem e transitem entre governos e instituições o caminho para a unificação e o desenvolvimento de tecnologias capazes de combater os efeitos climáticos se aproximam cada vez mais.